As Nossas Escolhas

03/09/2013 15:51

Marcílio Herculano da Costa*

 

Hoje vi um comercial na televisão em que despertou a vontade de escrever. Falava sobre LIVRE-ARBÍTRIO e fazia perguntas do tipo: Se temos livre-arbítrio porque não escolhemos nosso próprio nome?  Porque não escolhemos por quem nos apaixonamos?

E veio a calhar em uma pergunta que me fizeram esses dias: Como vai de novo emprego? Eu respondi empolgado: Está tudo ótimo!, e no mesmo momento uma outra resposta veio na minha mente: “Também é a 1ª semana...” e as risadas rolaram... Ainda ouvi, de fundo a seguinte frase “Acho que ele não gosta muito é de trabalhar ”. A partir daí me veio a vontade de escrever este texto sobre as escolhas que fazemos.

Livre-arbítrio é uma expressão usada para significar a vontade livre de escolha, as decisões livres.  O livre arbítrio, que quer dizer, o juízo livre, é a capacidade de escolha pela vontade humana entre o bem e o mal, entre o certo e o errado, conscientemente conhecidos. É uma proposta filosófica que defende que a pessoa tem o poder de decidir sobre suas ações e pensamentos segundo seu próprio desejo e crença. A pessoa que faz uma livre escolha pode se basear em uma análise relacionada ao meio ou não, e a escolha que é feita pelo agente pode resultar em ações para beneficiá-lo ou não. As ações resultantes das suas decisões são subordinadas somente a vontade consciente do agente.

Se Livre-arbítrio quer dizer vontade livre de escolha, decisões livres, porque a sociedade acha que devemos seguir aquilo que todo mundo quer, onde que fica a nossa vontade interior? O nosso “sentir-se bem”, sem estarmos preocupados em quanto dinheiro estamos ganhando, mas, sim, se estamos prestando um serviço ou fazendo trabalho onde podemos conciliar o prazer com o dinheiro necessário às nossas necessidades.

Fiquei a refletir. E estou cada vez mais convicto que tenho meu livre-arbítrio, pois faço minhas próprias escolhas, o melhor para meu bem estar, não estou preso a determinada empresa ou trabalhando só pelo salário no fim do mês. Já sei que tenho capacidade de me sustentar, não apenas com trabalho fixo, mas também com minhas habilidades manuais, entre outras, afinal como diz uma amiga minha “somos todos mutantes”! E é verdade, somos camaleões, e podemos nos adaptar dependendo da situação, da cabeça de cada um, da moral de cada um.

Além de ter certeza de que por onde passei, ficou uma vínculo, fiz bem feito o que tinha de fazer, cumpri com minhas obrigações. Em algumas ocasiões não me sentia bem com que estava fazendo, mesmo assim, fiz da melhor maneira que tinha que ser feito. Quando chegou o momento em que esse fazer era uma obrigação, recolhi-me, pois não fazia bem ao meu ser, à minha consciência.

Na minha concepção não devo seguir um padrão, o que a sociedade impõe, devo seguir minha moral, a ética que está intrínseca dentro de mim.

Ética é a parte da filosofia dedicada aos estudos dos valores morais e princípios ideais do comportamento humano. A palavra "ética" é derivada do grego, e significa aquilo que pertence ao  caráter. Diferencia-se da moral, pois, enquanto esta se fundamenta na obediência a costumes e hábitos recebidos, a ética, ao contrário, busca fundamentar as ações morais exclusivamente pela razão.

Pois bem, decidi escrever este ensaio para refletir sobre essa vontade própria que cada um tem, e que devemos seguir. Assim igualmente acontece em contextos religiosos, opções sexuais e políticos. Ou não?

Se na sociedade cada um vivesse suas vontades mas respeitasse a vontade alheia, teríamos um mundo melhor ou não? Quantas vezes você já não se perguntou “porque que ele/ela não me entende?” E você (e eu), entende o seu/meu próximo?

Pensem nisso...

 

* Graduando do curso de Arquivologia da Universidade federal da Paraíba.

 

Referências:

 

LIVRE-ÁRBITRIO, 2013. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Livre-arb%C3%ADtrio>. Acesso em: 13 jul. 2013.

ÉTICA, 2013. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%89tica>. Acesso em: 13 jul. 2013.

 

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